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Mineração Agregados
mar 25, 2019

Indústria 4.0 vai mudar o futuro da mineração

Metso Outotec
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A mineração é uma indústria que movimenta milhões de toneladas de materiais ao redor do mundo, desde a areia, ingrediente do concreto, até o lítio, principal elemento da bateria de carros elétricos e dispositivos eletrônicos. Além dos desafios ambientais e de regulação, a mineração enfrenta agora o cenário da digitalização.
A mineração enfrenta agora o cenário da digitalização.
A mineração enfrenta agora o cenário da digitalização.

 

Apesar de ser um setor pé no chão, ela não tem como fugir do futuro, como indica o especialista Jani Puroranta. Aliás, não só não pode escapar, como deve abraçar o conceito. Mas, antes de mais nada, o que se entende como Indústria 4.0? Outro especialista, o engenheiro de mineração Bernd Länger, do Centro de Competência em Mineração e Recursos da câmara de comércio germano-australiana, explica. De acordo com ele, o nome Indústria 4.0 foi criado em 2011 pelo governo alemão e envolve a transformação digital de processos industriais a partir do uso de várias tecnologias. Vamos a um exemplo prático na mineração. É possível e há casos reais de monitoramento de britadores instalados em uma mina na África a partir de uma sala confortável do outro lado do mundo. O processo acontece com uso de sensores instalados no equipamento que captam e enviam dados da máquina para um centro de monitoramento usando satélites como meio de comunicação.

 

Compartilhar faz parte da Indústria 4.0 em mineração

Desmembrando as informações do caso acima, conseguimos entender vários componentes da indústria 4.0. Primeiro, a necessidade de instalação de sensores – cada vez mais baratos e com mais tecnologia. Eles fazem parte de qualquer solução de Internet das Coisas (IoT), uma evolução natural da própria internet. Os sensores são lidos por um concentrador de dados que os agrupa em pacotes e envia via internet. Como não precisa despachar informações o tempo todo (tempo real), eles ocupam pouco a rede de satélites e não exigem banda larga.

 

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Voltando ao exemplo africano, temos sensores de temperatura e pressão, entre outros, enviando o status da máquina periodicamente para um centro remoto de monitoramento. Nesse último, especialistas podem analisar a informação e aconselhar a mineradora sobre como usar melhor o seu britador. Os dados, aliás, vão para um espaço que no mundo digital é conhecido como nuvem. Nem a mineradora e nem os especialistas remotos precisam armazenar os dados. Quem faz isso é a nuvem. Vale lembrar que a nuvem também tem endereço físico, pois estamos falando de servidores que recebem as informações e as armazenam em grandes data centers seguros e bem climatizados.

Mas o que fazer com tantos dados? Resposta: compartilhar com parceiros para aprimorar a operação e a manutenção. Aqui entra outro conceito que devemos ter em mente na Indústria 4.0: o Big Data Analytics. Lembre-se de que temos um exército de equipamentos monitorados enviando dados para algum servidor. Mas, atenção, muita informação é informação nenhuma. Precisamos interpretar e correlacionar os dados, transformando-os em respostas práticas para quem está em campo. E colocar as orientações em uma forma gráfica e amigável na tela do computador ou tablet. Chegamos à Mineração 4.0 de fato.

 

Vale é apenas um exemplo de aplicação real da Inteligência Artificial

Parece complicado, mas não é. Pode parecer inviável economicamente, o que também não acontece. A Indústria 4.0 tem etapas, começando com o sensoriamento cada vez maior, avança para automação e continua na integração de dados, onde sistemas de gestão avançada podem cruzar informações e indicar rotas que aumentam a produtividade e segurança nas operações de mineração. Ao mesmo tempo em que essas etapas estão sendo adotadas na mineração, outros recursos, como Inteligência Artificial (AI), também dão seus primeiros passos.

A realidade já chegou no caso da Vale e de seu AI Center em Vitória (ES). Lá, os cientistas de dados estudam, entre outras coisas, como usar a Inteligência Artificial para aperfeiçoar a manutenção preditiva de suas ferrovias. Certamente os especialistas usam ferramentas de Big Data Analytics para lidar com o tsunami digital de dados. A reportagem do Estado de S.Paulo confirma que a AI é viável e que pode ser aplicada de fato na mineração.

Para os que ainda não se convenceram, vamos convidá-los para uma reflexão com números e casos reais de como a digitalização acontece na prática vista por quem está mergulhado na Mineração 4.0.

 

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