Apesar de ser um setor pé no chão, ela não tem como fugir do futuro, como indica o especialista Jani Puroranta. Aliás, não só não pode escapar, como deve abraçar o conceito. Mas, antes de mais nada, o que se entende como Indústria 4.0? Outro especialista, o engenheiro de mineração Bernd Länger, do Centro de Competência em Mineração e Recursos da câmara de comércio germano-australiana, explica. De acordo com ele, o nome Indústria 4.0 foi criado em 2011 pelo governo alemão e envolve a transformação digital de processos industriais a partir do uso de várias tecnologias. Vamos a um exemplo prático na mineração. É possível e há casos reais de monitoramento de britadores instalados em uma mina na África a partir de uma sala confortável do outro lado do mundo. O processo acontece com uso de sensores instalados no equipamento que captam e enviam dados da máquina para um centro de monitoramento usando satélites como meio de comunicação.
Compartilhar faz parte da Indústria 4.0 em mineração
Desmembrando as informações do caso acima, conseguimos entender vários componentes da indústria 4.0. Primeiro, a necessidade de instalação de sensores – cada vez mais baratos e com mais tecnologia. Eles fazem parte de qualquer solução de Internet das Coisas (IoT), uma evolução natural da própria internet. Os sensores são lidos por um concentrador de dados que os agrupa em pacotes e envia via internet. Como não precisa despachar informações o tempo todo (tempo real), eles ocupam pouco a rede de satélites e não exigem banda larga.