Com a produção de remineralizadores de solos, eles passam a atender o mercado de agronegócios brasileiro, responsável por 20% do Produto Interno Bruto (PIB) e por 48% das exportações, segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA). Mas como esse subproduto da britagem pode tornar-se um insumo importante na agroindústria?
Simples. Praticamente 80% dos fertilizantes sintéticos ( formados por fonte solúveis em água de nitrogênio, fósforo e potássio) são importados. E mais: há uma tendência de crescimento do consumo em cerca de 6% ao ano e – para algumas culturas – o custo dos fertilizantes pode chegar a 40% dos insumos totais. Os dados são da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e indicam que o país precisa de soluções que ajudem a contrabalançar o cenário. A remineralização ou rochagem é uma prática para aumentar a eficiência do uso do NPK.
Complemento e não mero substituto dos fertilizantes químicos
Explicando: rochagem vem, é claro, do uso de rochas – fonte natural de minerais – na melhoria dos solos. Já remineralização de solos tem esse nome em função da recomposição mineral, o processo vem sendo desenvolvido desde a década de 1950 no Brasil. Pensada como complemento ou alternativa aos fertilizantes químicos, a rochagem ganhou um novo status com a regulamentação do seu uso pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) em março de 2016. De acordo com o MAPA, uma das maiores vantagens da rochagem é alta disponibilidade de rochas em todo o país, e o baixo custo em relação aos fertilizantes químicos.