(DICA 1) Primeiro é preciso medir
Um peneiramento ideal trabalharia, teoricamente, com um índice de eficiência na faixa de 90%. Isso significa dizer que a taxa de retorno, ou seja, a quantidade de material que recircula no processo, é de apenas 10%. Para medir a eficiência, portanto, precisamos avaliar o percentual de contaminantes: materiais que estão fora da faixa granulométrica estabelecida pelos gestores. A medição da eficiência de peneiramento se dá pela coleta do material que alimenta a peneira e dos materiais retidos em cada deck. O procedimento para análise é simples: basta coletar 1m de material na correia de retido e pesar, em laboratório passar o material por uma tela com a mesma abertura da tela do deck, pesar o material passante e dividir pelo peso total da amostra, você terá o percentual de contaminante presente na amostra.
(DICA 2) Analise a alimentação das peneiras
Quando o percentual de contaminantes no produto é muito alto, talvez seja o caso de avaliar as etapas anteriores, incluindo a alimentação. A mudança na malha do primeiro deck, por exemplo, pode desafogar o segundo deck e melhorar o desempenho do peneiramento. A alimentação direta na tela é um erro comum em pedreiras brasileiras e operações eficientes sempre possuem uma caixa de alimentação para receber o impacto. A má distribuição também afeta a eficiência, assim como um fluxo de alimentação muito rápido, o qual não permite a estabilização do material na área de peneiramento. A amplitude é outro ponto de atenção: se o material estiver pulando muito ou sendo lançado para fora da peneira, por exemplo, a amplitude estará alta. Uma boa alimentação permite a passagem mais rápida dos materiais finos logo no início do deck, o que deve fazer com que as telas do segundo deck, mais próximas da alimentação, recebam mais material e se desgastem primeiro. Caso o desgaste no segundo deck esteja se concentrando mais no centro da peneira, a alimentação pode estar com algum problema.