Alcançar os objetivos do Acordo de Paris adotado na COP 21 requer uma transformação completa na forma como a sociedade produz e consome. De acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA), a indústria de ferro e aço é responsável pela maior parte (mais de 25%) das emissões de CO2 do setor manufatureiro global e 7% das emissões do setor de energia, incluindo emissões de processo. O setor siderúrgico global agora tem uma oportunidade sem precedentes de contribuir para alcançar o líquido zero e apoiar a transição para a energia limpa. É inevitável que os governos tomem medidas que remodelarão a indústria para ser mais sustentável.
O aço é um material vital necessário para atender às necessidades sociais e econômicas da sociedade. Após uma breve calmaria em 2020, a demanda por aço continuou a aumentar, em parte como resultado de pacotes de estímulo generosos que foram oferecidos para ajudar a mitigar o impacto da pandemia de Covid nas economias nacionais. Esses pacotes têm sido amplamente direcionados para infraestrutura e eletrificação, áreas que são, por natureza, intensivas em aço. O aço também é um ingrediente integral para a transição energética, com painéis solares, turbinas eólicas, represas e veículos elétricos, todos dependendo dele em vários graus. Espera-se que a demanda e o consumo de aço aumentem 1% ao ano entre 2020 e 2025, e a IEA prevê que até 2050 a demanda global de aço deverá aumentar em pelo menos um terço. Atender a essa demanda crescente apresenta desafios para o setor, que busca métodos de produção mais sustentáveis para enfrentar a pressão para se descarbonizar e se manter competitivo em termos de custos, tendo em vista os preços atuais e potenciais do carbono no futuro.