Uma aplicação no Brasil comprovou essa abordagem
O teste real em campo – feito numa operadora com grande frota de escavadeiras a cabo – mostrou um tempo de vida útil de mais de 8 mil horas para as FPS, sem necessidade de troca (com exceção das pontas). O interessante, nesse exemplo, é que as ferramentas de penetração de solo foram listadas pela mineradora, com orientação de uma consultoria especializada, como índices chave de desempenho (KPI) da escavadeira. Ou seja, as FPS foram uma das medidas de avaliação de performance de uma máquina cuja pá tem capacidade de carga útil de aproximadamente 120 toneladas.
A experiência comprovou o diferencial das peças de desgaste, que incluíram dentes, entredentes e adaptadores, todos fabricados pela espanhola MTG e distribuídos pela Metso Outotec. A meta determinada pela mineradora era superar a média do indicador chave de desempenho em pelo menos 5% e reduzir a incidência de quebra de peças de desgaste, no caso as FPS. No caso do KPI, a média de 40% foi oito vezes o requerido pela mineradora. A incidência de quebra de peças foi praticamente reduzida a zero, evitando problemas como a paralisação ou mesmo avarias no britador.
O sucesso do processo pode ser creditado a vários fatores, incluindo a especialização do fabricante das FPS, que detém o know how como fundição especialista na fabricação de ferramentas de penetração de solo com aços diferenciais, o que explica em parte a diminuição das incidências de quebra de peças de desgaste. A auditoria realizada – considerando o volume de produção e não somente a quantidade de horas de operação da escavadeira – foi cirúrgica. Ao adotar esse parâmetro, a mineradora sabe exatamente como se comportaram as ferramentas de penetração de solo em várias etapas de operação da escavadeira de cabos.
O relatório final sobre a operação igualmente reforçou o cálculo do custo total de propriedade (TCO) da própria escavadeira a cabo. Ou seja, os dados permitem que ela avalie a viabilidade de usar as FPS em outros dos equipamentos desse porte. As FPS também ampliaram a segurança na mina brasileira. A exposição dos técnicos em campo foi diminuída em pelo menos 40%. Mesmo quando expostos, os profissionais adotam uma tecnologia que reduz a possibilidade de incidentes: sem marretas e que permite o desacoplamento fácil das FPS usadas, assim como o acoplamento das novas peças.