O uso de tags eletrônicas para rastrear a jornada do minério da lavra até o processamento é um exemplo. Outro avanço é a aplicação de softwares sofisticados para otimizar as atividades de perfuração e desmonte de rocha. Estamos falando de recursos de Analytics, adotados para interpretar o grande volume de dados gerados diariamente.
No entanto, aplicar tecnologias inovadoras sem resultados práticos não faz parte da agenda das mineradoras. O sucesso depende de números. Pense na colocação de câmeras em pontos estratégicos de correias transportadoras, permitindo a captação de imagens do minério antes e depois de um processo de britagem. Tais imagens são analisadas em tempo real por um software especializado que avalia se a granulometria estaria dentro dos parâmetros estabelecidos. Se não estiverem, a gerência pode intervir e otimizar o processo. Pronto: o que parecia ficção científica torna-se real, como se pode observar na aplicação da geometalurgia automatizada.
Capacitação faz a ponte para uso dos novos recursos digitais
A pergunta que fica, no entanto, é uma só: adianta ter recursos inovadores se minha equipe não passou por uma capacitação para usá-los e, mais ainda, para interpretá-los corretamente? Certamente não. A solução é investir também no treinamento constante dos profissionais de campo. A própria indústria usa isso a seu favor. É o caso dos fabricantes de escavadeiras e outros equipamentos móveis usados em mineração. Grande parte deles tem seus comandos acionados via joysticks, uma ferramenta comum para a nova geração de operadores, muitos deles usuários de vídeo games.