Em resumo: um problema simples pode afetar componentes complexos. Agora, transfira o mesmo pensamento para um britador. O uso de peças de reposição inadequadas afeta a operação do equipamento e pode levar a paradas constantes em curto espaço de tempo. Casos como esse indicam que a manutenção reativa entrou em campo. E, precisamos tirá-la do jogo.
A preventiva, como o nome diz, antecipa falhas e age para evitá-las, baseando-se numa programação de intervenções. Já a preditiva é a mais sofisticada de todas, pois monitora efetivamente as condições reais de peças e componentes, podendo, inclusive antecipar paradas. Se a preventiva é baseada em ações programadas e recorrentes a preditiva trabalha com análise e previsão.
A primeira consideração em relação à especificação das peças de reposição em britadores é conhecer o tipo de material que está sendo processado. Rochas mais duras vão exigir, por exemplo, itens de desgaste diferentes de um minério mais mole. A consulta ao fabricante é ideal nesses casos, pois ele tem um histórico de aplicação que pode indicar o melhor tipo de aço para o processamento do minério. Priorizar somente o aumento da produção, sem considerar o desgaste ideal é certeza de problema a curto prazo.
E, acredite, existe uma lógica no desgaste. Os revestimentos de aço manganês ilustram bem isso. A principal característica deles é o encruamento, ou seja, o material ganha maior dureza superficial e resistência à abrasão à medida que atritam com o minério. Num britador de mandíbula, por exemplo, a indicação técnica é do giro da mandíbula duas vezes antes de sua troca e não um só. O conhecimento de como o encruamento deve acontecer amplia a vida útil dos componentes e evita a sobrecarga de outras peças, como os rolamentos.