Na verdade, tudo. Se é possível medir o nível de confiabilidade de uma planta, também pode-se antecipar problemas, como o desgaste de britadores, e resolvê-los no menor tempo. Agir rapidamente aumenta a escalabilidade de produção. Por isso, não causa espanto que as duas siglas façam parte do dia a dia das equipes de operação e manutenção. Mas antes de avançar, é necessário entender os dois conceitos.
O MTTR é definido como o tempo médio para reparos (mean time to repair, da sigla em inglês). Como o próprio nome diz, é o tempo em que uma equipe de manutenção leva, por exemplo, para corrigir um problema de lubrificação. Como estamos falando necessariamente de parada – programada ou não – quanto menor o tempo médio para reparo, melhor para a planta. Já o MTBF é chamado de tempo médio entre falhas (mean time between failures), ou seja, período potencialmente previsível em que determinado equipamento poderá parar. Quanto maior o tempo médio entre falhas, mais operacional estará a máquina e mais produtiva será a planta. Em resumo: a meta é reduzir o MTTR e aumentar o MTBF.
Automação pode aumentar o MTBF ao fazer um raio X em tempo real
A tecnologia tem um papel importante nesse processo, uma vez que pode alongar o tempo médio entre falhas. Vamos considerar, por exemplo, uma planta de britagem automatizada, com vários sensores de temperatura, pressão e de outros parâmetros. A amostragem dos dados em tempo real pode facilmente indicar que há uma tendência anormal de aumento de temperatura. Tal aumento, se continuado, poderia causar um desgaste no britador acima da média e mesmo paralisá-lo. Com o sistema de alarmes, o operador pode identificar a ameaça e intervir, estabilizando a planta e evitando uma parada não programada.