A produção de ouro no Brasil é um assunto sério. Os dados mais recentes do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) indicam que o país atingiu aproximadamente 95,4 toneladas em 2016. Em reais, a produção equivaleu a pouco mais de R$ 11,8 bilhões. Além de ganhar na venda do metal precioso, essa indústria também pode colher dividendos reduzindo os custos na etapa de britagem. Com a redução dos custos de britagem, é possível obter uma melhor rentabilidade. E foi exatamente o que aconteceu com uma mineradora local, que investiu na personalização de peças de desgaste. O resultado foi o aumento da vida útil do conjunto de componentes em até 73,7%. O processo contou com a ativa participação da Metso e de sua representante Mintec.
As peças de desgaste foram feitas para se deteriorem no processo de britagem. Mas existe uma lógica. A deterioração deve acontecer de forma regular, permitindo que a troca dos componentes seja feita de forma programada, afetando o mínimo possível a operação. Quanto maior o intervalo de substituição, melhor. Desta forma, ocorrem menos ações de manutenção, diminuindo os riscos e aumentando a produtividade. Com peças originais e ainda, customizadas esse processo pode ser ainda mais otimizado.
Aproveitamento das peças customizadas foi acima do padrão de referência
A britagem opera em três turnos e de forma contínua. O minério de baixa umidade abastece o britador terciário que funciona em sua capacidade máxima. Para a mineradora, o tempo de vida útil das peças é um fator determinante para o processo e, cada ciclo envolve cerca de 10 dias. Apesar de adotar o HP500, fabricado pela Metso, na britagem terciária, a empresa utiliza conjunto de manta e revestimentos de outros dois fabricantes, que vamos chamar de A e B no teste de comparação.