Há muito tempo os revestimentos têm um duplo papel na operação. Além de proteger a estrutura do moinho e evitar que ele se desgaste, o revestimento é o grande responsável por agitar a carga. Sendo assim, seu formato, volume, ângulo, altura e demais características influenciam diretamente no processo de moagem. E, por isso, é cada vez mais importante o acompanhamento destas peças em operação.
O comportamento do desgaste dos revestimentos é um fenômeno muito complicado de ser estudado (a Metso desenvolveu simuladores de desgaste, mas será abordado em outro post), tendo como maior fonte de informações o empirismo. Logo, as inspeções nos revestimentos sempre foram "ferramentas" importantíssimas para o projeto de novas gerações. Uma boa análise permite identificar pontos fortes (a serem mantidos na próxima campanha) e pontos fracos da campanha atual.
O parágrafo acima explica porque estamos sempre em busca de melhorias nos processos de inspeção para que cada vez mais tenhamos o máximo de informações possível sobre o desgaste. Além disso, a qualidade da informação também é importante.
Métodos como ultrassom, gabarito de Hastes (conhecido como "pente") ou até mesmo técnicas por análise de imagens são bastante utilizados e tem boa confiabilidade, porém normalmente são demorados, tanto na coleta das informações como no processamento dos dados.