Na mineração é necessário movimentar uma proporção de 500 toneladas de material na mina, processar 200 toneladas de minério para a produzir 1 tonelada de metal. Estamos falando de muita, mas muita quantidade de material. Na prática, a indústria tem técnicas tradicionais para saber o que está sendo processado, incluindo a geometalurgia, que integra dados geológicos, minerais e metalúrgicos. Ela, de certa forma, mapeia a jornada do minério da mina até a planta. A novidade, agora, é fazer isso em tempo real. A nova fronteira já existe e usa, entre outros recursos, as etiquetas inteligentes ou smart tags, em inglês.
O nome faz sentido. São dispositivos sem bateria e que funcionam por meio da tecnologia de identificação por rádio frequência (RFiD). Assim como as etiquetas eletrônicas em roupas, o minério pode ser rastreado. Numa planta mineral, o processo envolve a instalação de antenas em pontos estratégicos que detectam quando as tags passam. A jornada começa na fase de desmonte, ou seja, quando as rochas são detonadas. Isso mesmo. É possível colocar tags – que são produzidas em vários tamanhos e com alta resistência – no próprio furo onde será inserido o explosivo.
Na fase de desmonte elas podem ser lidas com uso de equipamentos de mão que fazem o registro exato do furo onde está a tag. O rastreamento continua no transporte, com uso de antenas distribuídas na planta. Assim, a tag permite que se associe o tipo de minério que está sendo lavrado e que será em breve processado.