Ao tomar essa iniciativa, estaremos usando a técnica chamada de análise de causa raiz (RCA, da sigla em inglês para Root Cause Analysis). A RCA funciona para evitar a repetição do problema e envolve a coleta de dados, a análise dos fatores, a identificação da causa do problema e, enfim, as recomendações para sua correção. Ou seja, funciona como uma espécie de investigação policial.
Como não podemos atacar várias frentes ao mesmo tempo, a recomendação é focar em algum ponto do processo até que se esgotem as chances de ele ser a causa das falhas. Um bom começo é avaliar se a operação do equipamento vem sendo feita de acordo com o recomendado e se a equipe está devidamente treinada para operar o britador. Infelizmente, em alguns casos, o foco de treinamento está concentrado nos profissionais de manutenção. Operadores com conhecimento também fazem a diferença.
A lógica do levantamento de dados para identificação do motivo da parada do britador
Como em qualquer investigação existe uma lógica na coleta de dados. E nada melhor do que fazê-la com o equipamento operacional. Se a suspeita é que a origem do problema é um superaquecimento da máquina, a leitura mais sistemática da temperatura deve ser o começo. Correlacioná-la com a pressão aumenta a qualidade da análise. É interessante verificar a lubrificação do equipamento, o tipo e a qualidade do óleo lubrificante, a periodicidade de sua troca, a análise de partículas entre outros procedimentos.
Coletar os dados de operação permite que se faça um diagnóstico imediato. Mas é preciso interpretá-los corretamente. Se o conhecimento da equipe de operação não for suficiente, o fabricante pode ser acionado e, com as informações básicas da máquina e do minério britado, tem a capacidade de fazer uma avaliação inicial. Se o problema é persistente, a troca de informações deve ser acelerada. Inclusive entre as equipes de operação e manutenção.