Dados internacionais mostram que o transporte de polpa numa planta de concentração mineral representa em média 15% de todos os custos. Não é um percentual pequeno, ainda mais se considerarmos que uma bomba mal dimensionada pode perder 90% do desempenho ideal. Que tal inverter esse jogo e turbinar a eficiência dos seus equipamentos? O primeiro passo, sem dúvida, é o correto dimensionamento das bombas e o processo deve envolver conhecimento de especialistas, inclusive com uso de softwares especializados.
A escolha correta da bomba de polpa influi diretamente no seu desempenho. Quando adequadamente especificada, ela trabalha em sua capacidade máxima e com menos demanda de energia. De forma geral, o dimensionamento envolve diversos fatores tais como vazão, pressão, sólidos transportados, viscosidade da polpa, presença ou não de espuma no fluído bombeado, entre outros. Apesar das inovações, os tipos de equipamentos utilizados em mineração já estão estabelecidos há décadas e isso é considerado pelo mercado na hora da escolha.
Muitas vezes, as otimizações estão focadas em etapas anteriores, como a extração e britagem do minério, ou posteriores, caso da moagem. Uma bomba de polpa mal otimizada pode usar apenas 10% de sua eficiência total, operando muito aquém do seu melhor ponto de eficiência. E mais do que isso: selecionar incorretamente ou não otimizar o desempenho das bombas existentes pode aumentar o consumo de energia e o desgaste das peças. Em resumo: os custos operacionais ficam acima do que deveriam ser.
A manutenção da bomba de polpa é outro fator importante. Nesse caso, o design dos equipamentos é um ponto a ser observado. Bombas com tecnologia de ponta permitem o acesso fácil às peças de desgaste. Estamos falando de projetos onde a remoção desses componentes pode ser feita com a retirada de poucos parafusos. A tendência de uso de equipamentos cada vez maiores e que movimentam altos volumes também deve ser considerada, o que demanda ainda mais a observação em relação à motorização energeticamente eficiente.
E, pra fechar esse ponto, devemos lembrar a inevitável digitalização das operações de campo, inclusive com adoção do monitoramento das bombas via Internet das Coisas. Os recursos digitais, aliás, podem ser usados ainda na fase de projeto, com a simulação das melhores condições. Trata-se de ferramenta que atua diretamente em duas frentes: nos cálculos que validam a escolha dos equipamentos e na fase de orçamento.