A Yara International ASA é uma empresa norueguesa de fertilizantes. Sua maior área de negócios é a produção de fertilizantes de nitrogênio. As instalações da Yara Siilinjärvi, na província oriental da Finlândia, são compostas por uma mina de fosfato, duas fábricas de ácido sulfúrico, uma de ácido fosfórico, uma de ácido nítrico e uma de fertilizantes NPK. A mina, em conjunto com a fábrica de ácido fosfórico, fornece a matéria-prima do fósforo para as fábricas de fertilizantes NPK e para a fábrica de fosfato para alimentação animal na Finlândia. Anualmente, a mina produz cerca de um milhão de toneladas de concentrado de apatita e cerca de dez milhões de toneladas de rejeitos.
Em 2015, a área de rejeitos da Yara estava enchendo e estava próxima do fim de sua capacidade de vida útil. Teija Kankaanpää, responsável pela Mina Siilinjärvi, tinha três opções: construir uma nova instalação de armazenamento de rejeitos, levantar as barrajens ou investir em uma nova tecnologia que permitiria o uso da antiga instalação de armazenamento de rejeitos durante os próximos anos.
Ao não querer optar pelo caminho de criar uma nova bacia de rejeitos e aumentar o impacto ambiental da instalação, Teija decidiu recorrer a um parceiro de confiança.
DESAFIO
- A área dos rejeitos estava enchendo
- Rejeitos com alto teor de mica grossa que criam problemas em tanques de mistura, espessadores, bombas e tubulações
SOLUÇÃO
- Trabalho de teste inicial e uma planta piloto para testar o sistema de bombeamento e descarga de rejeitos
- A planta de rejeitos em pasta da Outotec em escala real, entregue como um projeto de EPC
BENEFÍCIOS
- A mina de fosfato da Yara pode continuar em operação até o final de sua vida útil
- Aumento do teor de rejeitos sólidos
- Melhoria das propriedades de formação de praia de rejeitos
- Ampliação da capacidade e da vida útil da instalação de armazenamento de rejeitos existente
O espessamento dos rejeitos da Yara Siilinjärvi foi estudado pela primeira vez na década de 1980. Na época, a tecnologia para processar os rejeitos e obter uma inclinação de dois ou mais graus da praia na descarga dos rejeitos ainda não estava disponível. O desafio foi as propriedades únicas do material dos rejeitos. O material é grosso, mas também contém uma proporção elevada de mica e uma fração fina, que é difícil de agregar com as partículas grossas com o uso de floculação. O material assenta e consolida-se rapidamente para formar um material altamente estruturado a uma elevada densidade e tensão de escoamento. Isto cria problemas em tanques de mistura, espessadores, bombas e tubulações, e causa obstruções, caso o material se segregue e consolide.
Em 2010, a Outotec trabalhou com a Yara para um projeto de espessamento de rejeitos nas instalações de Siilinjärvi. O trabalho incluiu testes iniciais e dimensionamento para dois espessadores de compressão de 35 metros de altura. Com base no trabalho de teste, a Yara encomendou à Outotec a construção de uma planta de demonstração com um espessador de 14 metros. A fábrica entrou em operação em 2013-2014. Durante a sua operação, foram estabelecidos os critérios de projeto para a planta de espessante em escala real e o sistema de descarga. Em 2015, a Yara concedeu à Outotec o contrato de 40 milhões de euros para a planta de espessamento de pasta em escala real como um projeto de engenharia, gestão de compras e construção (EPC).
“Existem poucas empresas no mundo que possam fornecer este tipo de tecnologia que estávamos procurando e que também tinham histórico de fornecimento deste tipo de plantas”, disse Teija. “Escolhemos a Outotec porque eles possuem boa tecnologia e estavam dispostos a nos oferecer um contrato de EPC.”
Em 2017, a planta de pasta com dois espessadores de pasta de 30 metros passou por testes de água em clima de congelamento a 25 graus Celsius negativos (-13 graus Fahrenheit). O teste de desempenho foi concluído um mês após o início das atividades e a planta está em operação desde fevereiro de 2017.