A Itaminas faz parte do grupo seleto das 40 maiores mineradoras brasileiras, com uma produção de 7,5 milhões de toneladas de minério de ferro em 2014. O volume atende o mercado interno, incluindo grandes siderúrgicas e o segmento guseiro. A empresa foi criada em 1958, no Rio de Janeiro, e transferida no ano seguinte para Sarzedo (MG). Ao longo dos anos, a mineradora estrategicamente focou-se no mercado local, cujo aumento de qualidade, passou a exigir fornecedores mais estruturados. Em função desse posicionamento, a Itaminas reduziu suas exportações – traço comum nos seus primeiros dez anos – e tornou-se a segunda maior fornecedora do mercado guseiro mineiro. O avanço deu certo: a empresa opera em jornada 24 x 7, produzindo minério de ferro Sinter Feed, Pellet Feed e Hematitinha.
O processo ininterrupto exige uma operação sem falhas, inclusive o bombeamento da polpa do minério para o concentrador, separador magnético, ciclonagem, baias de produtos e para os tanques de rejeito. O funcionamento do conjunto de bombas é crítico, pois a Itaminas reaproveita cerca de 70% da água drenada da sua barragem de rejeito. Outro fator importante é a característica da polpa de minério que circula nas tubulações e nas bombas: com alta densidade - 1.85 Kg/m3– e muito abrasiva, ela gera um desgaste intenso nos equipamentos.
Em termos de estrutura, a barragem de rejeitos localizada a aproximadamente 2,6 Km das usinas de concentração magnética, com um desnível geométrico de 180 metros, é sem dúvida, o caminho crítico para as atividades de bombeamento na unidade operacional de Sarzedo.
O rejeito é direcionado para a referida barragem através de um sistema de bombeamento composto por cinco estações. Cada estação está equipada com 3(três) bombas, sendo 2(duas) em operação e 1(uma) reserva. Também compõe as estações de bombeamento cinco reservatórios intermediários com capacidade de 10 m3 cada.
Em resumo, paralisar o sistema está fora de questão: haveria o transbordamento dos tanques e a imediata parada da produção. Exatamente em função do cenário desenhado é que a Itaminas resolveu rever seu sistema de bombeamento em 2013.