A Vale Ponta da Madeira movimenta aproximadamente 15 milhões de toneladas por mês de minério de ferro no Terminal de São Luís do Maranhão (MA). Esse número corresponde a até 70% do seu embarque internacional.
Nesta operação, a mineradora possui 5 postos de atracação distribuídos em três piers com capacidade instalada de 8 a 16 toneladas de minério por hora. A operação é responsável por receber, via ferrovia, a produção de todas as minas do Corredor Norte, localizadas no Pará.
O material que chega em São Luis passa por um processo de blend, onde minérios de ferro de diferentes qualidades são misturados para atender às especificações do mercado, antes de seguirem para o embarque para os clientes finais da mineradora.
O Desafio para garantir a segurança no transporte
A mineradora enfrentava desafios para atender ao TML (Transportable Moisture Limit – Limite de Umidade para Transporte), e conseguir embarcar seu minério sem riscos de liquefação nos porões do navio. Esse desafio vinha da alta umidade do sínter feed, acumulada pelas chuvas durante o transporte até o porto e período de permanência nos pátios.
Como proposta à demanda apresentada, a Metso ofereceu os serviços de britagem como serviços, através do qual a empresa responsabiliza-se por todo o processo de britagem, da definição de equipamentos até a operação e manutenção da planta, entregando à mineradora o produto final de acordo com as especificações acordadas, e sendo mensalmente medida pelas metas de produtividade, disponibilidade e qualidade do produto final.
Todo o planejamento de operação e manutenção, incluindo a estratégia e estoque de peças no site, é de responsabilidade Metso, e realizado em conjunto com a Vale, objetivando-se otimizações de disponibilidade e confiabilidade de todo o sistema.
A planta dimensionada para o serviço, que opera 24 horas por dia e 7 dias por semana, conta com 3 equipamentos do tipo Lokotrack: dois módulos de peneiramento, e um módulo de britagem. Além disso, foi implantado um transportador de correia móvel que, a depender da demanda, pode enviar o produto diretamente ao sistema de correias da Vale, ou ainda formar uma pilha de produto para posterior transporte via caminhões. Além disso, fazem parte da solução Metso os equipamentos necessários para alimentação do granulado na planta (utilizando-se carregadeiras) e transporte do material da pilha de produto até os pátios Vale (utilizando-se carregadeiras e caminhão basculante).
O material é alimentado na planta de rebritagem com um top size médio de 75 mm e é cominuído, em sua totalidade, para uma granulometria inferior a 19 mm. O sínter feed produzido a partir do granulado apresenta uma maior área de superfície, garantindo uma baixa umidade. Ao blendar esse sínter britado com o material existente nos pátios, obtem-se um produto final com umidade total reduzida. As análises feitas pelo laboratório da Vale indicam que o material corretivo produzido pela planta da Metso levou à uma redução de umidade de 4% para 0,2%.